Juventude do Campo e Cidade discutem sua participação nas lutas populares

Por Wesley Lima

Planejar e criar linhas de atuação que protagonize a participação da Juventude do Campo e Cidade nas diversas formas de lutas populares é o que motivou cerca de 200 jovens a realizar neste ultimo final de semana (26 e 27/07) o “1º Seminário da Juventude” no município de Itanhém, localizado no extremo sul da Bahia.

Dentro das diversas pautas discutidas no seminário, a juventude se propôs a fortalecer o debate em torno do Plebiscito Popular e a luta contra uso de agrotóxicos em todo o país.

De acordo com Luana Soares, participante do seminário, “a juventude precisa estar sempre se apoderando dos debates políticos a cerca da luta do povo”. Para Ela, este seminário é a maneira encontrada pelo MST para organizar e levantar a bandeira da Reforma Agrária e do protagonismo juvenil nesta luta no município e região.

Iniciando as atividades, os jovens marcharam rumo ao centro de Itanhém dialogando com a sociedade sobre o Plebiscito Popular e a importância de se haver uma constituinte exclusiva e soberana no sistema político.

Os dois dias de encontro foram marcados por diversos momentos de debates relacionados a redução da maior idade penal, políticas públicas, economia solidária e o direito a cultura, educação e laser. 

Enfatizando o processo de união entre a juventude do campo e da cidade a favor da luta popular Jeanderson Souza, jovem militante do MST, acredita que “não podemos fazer lutas sozinhos, temos que ter uma base que nos apóie. Essa relação entre campo e cidade ainda é um desafio, por isso estamos nos aproximando. A luta se fortalece quando a sociedade levanta as bandeiras dos movimentos sociais”.

Avaliando todo processo, Luana afirma que “precisamos avançar cada vez mais nos debates a cerca da luta popular e compreender que a educação é uma poderosa ferramenta de empoderamento político e social. Se a juventude estiver munida deste conhecimento, seremos capazes de realizar transformações significativas no conjunto da sociedade”.

O Seminário foi construído pela juventude Sem Terra e a Secretaria de Agricultura de Itanhém.