Ato por regulamentação do transporte alternativo é marcado pela unidade dos Movimentos Sociais


Nesta quinta-feira (12/11) a população de Porto Seguro foi às ruas, representada pelas Cooperativas de Transporte Alternativo, pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Servidores Públicos, MST e outros.

O ato exigia a regulamentação do transporte alternativo na cidade.

“O povo quer o povo precisa de transporte alternativo” foi umas das diversas mensagens transmitidas à sociedade através das bandeiras, faixas, cartazes e palavras de ordem. Pautando a solução do problema do transporte que afeta a vida dos moradores.

Os Sem Terra em solidariedade com a luta dos trabalhadores, reafirmou a importância da unidade entre o campo e a cidade na transformação da sociedade e contra as opressões.

De acordo a Edi Carlos, da direção estadual do MST, a regulamentação do transporte alternativo é um direito que há anos vem sendo negado aos trabalhadores do setor e sua legalização só trará benefícios ao município.

“Nós Sem Terra sempre seremos solidários com a causa dos trabalhadores, seja do campo ou da cidade, pois entendemos que nossa luta é conjunta e os movimentos sociais precisam unir para conquistar direitos historicamente negados”, afirmou Carlos.


Para Maria Vitória, professora e moradora em Porto Seguro, a deficiência no transporte coletivo causa muitos transtornos a toda população, em especial aos trabalhadores que necessitam diariamente.

“O transtorno seria maior caso não existisse o transporte alternativo que ajuda cobrir essa deficiência. Diversos trabalhadores diariamente esperam quase duas horas para voltar a seus lares, depois de um longo dia de trabalho”, destacou Vitória.

Durante o ato, os trabalhadores apontaram o crescimento brusco da população nas últimas décadas e o surgimento de diversos fenômenos sociais, entre eles a carência no transporte público, como uma consequência do avanço do agronegócio na região.

“As extensas plantações de eucalipto que existem na região destruíram as comunidades camponesas e obrigaram as famílias a buscar uma nova vida nas cidades, que consequentemente afetou diretamente o planejamento urbano e nos direitos dos trabalhadores”, concluíram.