Mais de 180 famílias tiveram seus barracos e pertences destruídos durante um despejo realizado nesta quarta-feira (7) nos acampamentos Olga Benário e Bom Jardim, localizados no município de Itaberaba, na chapada diamantina.
O despejo aconteceu de maneira simultânea em ambos os acampamentos.
A polícia militar usou uma pá carregadeira e um trator que passou por cima dos barracos, destruindo os pertences das famílias.
Comandado pelo capitão Gomes Junior, a polícia civil e o comando especial de proteção aos biomas Caatinga, chegaram de surpresa no espaço dos acampamentos com a liminar de despejo “sem nenhum cuidado e respeito com as famílias”, denunciou os trabalhadores.
Para a direção estadual do MST, a forma como este despejo foi conduzido representa um retrocesso na luta pela terra no estado.
“Nós não podemos remeter a luta da classe trabalhadora a este método desumano provocado pelo estado brasileiro que possui a burguesia como centro e a defesa da propriedade privada como espaço de acumulo de riqueza. Continuaremos em luta desconstruindo esta lógica de dominação e rompendo as cercas do latifúndio”, enfatiza a direção.
Estes dois despejos se somam a mais dois realizados no mês passado nos acampamentos 25 de Julho e Capitão Lamarca, ambos na mesma região.
A maioria das famílias estão desabrigadas e montaram outro acampamento as margens da ‘estrada do feijão’, que liga os municípios de Feira de Santana a Irecê.
Em repudio as ações truculentas e desumanas, os trabalhadores criaram um documento denunciando a violência praticada por parte da polícia.
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