Nesta ultima sexta-feira e sábado (24 e 25/07) diversas famílias Sem Terra assentadas e acampadas no Extremo Sul da Bahia realizaram a 5° Feira de Agroecologia da Reforma Agrária, em Eunápolis, no extremo sul baiano.
Com objetivo de apresentar a sociedade uma diversidade de alimentos, os Sem Terra levantaram a bandeira da Reforma Agrária e mostraram que agricultura camponesa é o melhor modelo produtivo para o país.
Mais de 30 variedades de alimentos entre hortaliças, verduras, frutas, legumes, biscoitos, bolos e artesanatos foram apresentados a população local e da região, que prestigiou a iniciativa.
Durante os dois dias de feira foram vendidos mais de 35 toneladas de alimentos a preços acessíveis.
De acordo a Laura Farias, dona de casa e visitante da feira, a diversidade de alimentos e os preços acessíveis surpreenderam a todos.
Na ocasião, a juventude Sem Terra distribuiu mais de 2 mil cópias de mais uma edição do Jornal "a farinhada", que relata as lutas, a produção agroecológica e as conquistas das famílias Sem Terra na região do Extremo Sul da Bahia.
Na feira os visitantes puderam acompanhar uma noite cultural com vários números musicais apresentados pelos artistas da Reforma Agrária.
Para Evanildo Costa, da direção estadual, as feiras da Reforma Agrária fazem parte da jornada agroecológica que historicamente são realizadas em vários municípios do extremo sul.
“Nos últimos anos, as famílias Sem Terra realizaram mais de 30 feiras nas brigadas e na regional essa é a 5ª Feira Agroecológica, sendo a primeira em 2011”, informou Costa.
Já Valmir Assunção, Deputado Federal (PT-BA), que esteve prestigiando o evento, afirmou que a produção dos Sem Terra apresenta um grande diferencial, pois o modelo adotado pelas famílias camponesas traz em sua matriz o respeito à natureza e ao ser humano.
Agroecologia
Está diversidade de alimentos pontuada é fruto da agroecologia. Que além da produção, está ligada ao modo de vida e as relações de respeito e igualdade entre os seres humanos.
Pensando nisto, José Mota, da direção estadual, acredita que as feiras possuem um significado especial para o MST por desconstruir a ideia que os trabalhadores são baderneiros e preguiçosos.
“Nossa feira traz o suor do povo e a cara da soberania. O que queremos construir é uma sociedade em que os frutos da terra sejam repartidos e que o desenvolvimento social seja popular e não ditado por uma minoria e para esta minoria”, explica Mota.
Com as Feiras, os Sem Terra reafirmaram a luta pela Reforma Agrária e garantiram qualidade de vida para toda a população através da produção agroecológica.
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