Na madrugada desta ultima segunda-feira (6/7) 11 pistoleiros, fortemente armados, invadiram o acampamento da fazenda Conjunto São Manoel, em Uruçuca, e espancaram 38 famílias utilizando chicotes, dentre elas, uma criança de três anos. As famílias foram despejadas e ameaçadas de morte pelos pistoleiros.
A área, com 450 hectares, foi ocupada pacificamente pelos trabalhadores Sem Terra durante a jornada de lutas no dia 18 maio. A proprietária Marama Melo Badaró, desde o inicio do processo de negociação, se colocou a disposição para destinar a propriedade a fins de Reforma Agrária.
Porém, durante este processo, contratou uma empresa particular de segurança que já vinha realizando ações de vandalismo no acampamento.
Os Sem Terra exigem, em caráter de urgência, uma posição da Ouvidoria Agrária Nacional, bem como dos órgãos competentes, para apuração e punição dos envolvidos na ação.
Além disso, solicitam do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) imediata providência com as famílias que foram expulsas e não tem para onde ir neste momento.
No Brasil existem cerca de 4 milhões de camponeses sem terra acampados. Para a direção estadual do MST a reforma agrária é a condição indispensável para melhorar e garantir a distribuição de renda, a produção de alimentos saudáveis e de qualidade.
“A democratização da terra cria novos empregos no campo, no entanto na realidade brasileira a luta por Reforma Agrária ainda é tratada com descaso e violência pelo latifúndio e o estado que não pauta de maneira emergencial a questão”, enfatiza a direção.
Os trabalhadores foram deslocados para outro acampamento e estão aguardando respostas da justiça e do Incra.
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