Com o lema “Agroecologia e Saúde: Construindo Organicidade e Autonomia”, cerca de 100 trabalhadores rurais Sem Terra de dez regiões da Bahia realizaram nos dias 10, 11 e 12 de julho na Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, Prado, o Seminário Estadual de Saúde.
Valorizando as práticas e conhecimentos de saúde do campo, os Sem Terra estudaram e debateram as temáticas em torno da organicidade do setor de saúde do MST, a partir das práticas agroecológicas.
Discutiram também, os desafios da construção de políticas públicas de saúde no Campo, os limites e as potencialidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e a importância da Reforma Agrária Popular na luta contra a terceirização da saúde.
De acordo com Neuza de Jesus, da direção regional do Extremo Sul, a realização do seminário possibilitou o intercâmbio das diversas práticas e conhecimentos tradicionais em torno da saúde. “Com isso, fortalecendo o nivelamento das ideias quanto a nossa saúde no estado”, enfatiza.
Pensando nisso, Gislei, da coordenação nacional, afirmou que o Coletivo Nacional de Saúde no MST vem refletindo esta questão a partir de seus agentes determinantes situados na conjuntura nacional.
“O estado capitalista através do modelo econômico gerou exclusão social e destruição das práticas tradicionais, especialmente do campo. Afetando diretamente a saúde das famílias camponesas”, afirma Gislei.
Já Evanildo Costa, da direção estadual, acredita que a forma concreta de fazermos enfrentamento contra o sistema capitalista e a privatização da saúde é através da agroecologia.
“O construção da agroecologia esta dialeticamente vinculada com o desenvolvimento da saúde das famílias e das comunidades. Não ha saúde no campo sem a agroecologia”, enfatizou Costa.
O seminário contou com a presença de representantes da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e da RedeFito.
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