Neste ultimo final de semana (10, 11 e 12) o coletivo de Comunicação, Cultura e Juventude do MST na Bahia se reuniu para estudar o cenário político atual e avançar na construção de lutas em defesa da Reforma Agrária e contra o capital.
A reunião aconteceu no Assentamento Paulo Jackson, localizado no município de Ibirapitanga, no baixo sul, e contou com a participação de 30 jovens de seis regiões do estado.
Durante os três dias, a juventude trouxe nas místicas e atividades culturais a simbologia da luta e a resistência da juventude Sem Terra diante da ofensiva do capital.
As ferramentas de trabalho, a produção artística, a pluralidade cultural, identidade de gênero e o próprio corpo foram apontados como métodos de luta. Tendo como base, os princípios organizativos do MST.
Para a direção estadual, o espaço garantiu um avanço significativo na pauta da juventude dos assentamentos e acampamentos.
“Quando nos organizamos internamente para estudar, pautar e construir lutas com nossa juventude em torno da Reforma Agrária estamos mostrando para sociedade à força organizativa do MST e a participação de nossos jovens na luta contra o capital”, enfatiza a direção.
Noites Culturais
Com objetivo de resgatar as canções, histórias, poemas e danças populares construídas pelos Sem Terra foi realizado, nas noites da reunião, o Luau da Juventude e uma Jornada Socialista.
Estes dois espaços problematizaram a participação da juventude no campo e apontou a arte como ferramenta de luta.
![]() |
Luau da Juventude Sem Terra |
Sebastião Lopes, do coletivo estadual, acredita que o resgate das tradições são fundamentais para a preservação da cultura e identidade camponesa.
“O capital nos atingi todos os dias com uma proposta de identidade que não pauta a luta e a construção de um novo modelo de sociedade. Quando nos organizamos para realizar um espaço de interação geracional garantimos o fortalecimento de nossas raízes e da identidade camponesa”, pontua.
Desafios
Além das atividades culturais, a reunião pautou alguns desafios para a juventude diante do atual cenário político. Desta forma, tornou-se necessário construir coletivamente ações de formação política e lutas contra o agronegócio.
Um dos pontos debatidos foi à realização de um encontro estadual que reúna a juventude Sem Terra da Bahia para apontar as dificuldades e construir unidade política nas ações em parceria com outros movimentos sociais.
Além disso, pautou a construção de rádios livres, jornais comunitários e a grupos culturais.
Para Wesley Lima, coordenador estadual do coletivo, tais desafios são pontes que garantem a articulação política e organicidade de nossa juventude junto às lutas realizadas pelo MST na Bahia.
“Temos a tarefa de dá continuidade à luta de nosso movimento e de protagonizar novas ações contra o conservadorismo e fundamentalismo da ideologia burguesa. Queremos pautar nossos anseios e fazer de nossos assentamentos e acampamentos espaços de participação e formação de nossos jovens para a luta”, conclui.
Comente com o Facebook: