Juventude Sem Terra se compromete em fortalecer a luta na Bahia

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Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Após 30 anos de luta pela terra, pela Reforma Agrária e pela transformação social o MST acumulou conhecimentos, cultura e mística. Este patrimônio é o solo que fertiliza a formação de novos militantes. 

Os novos desafios da luta de classes exige uma geração preparada para assumir as trincheiras da luta, com a indignação, rebeldia e energia que são características do jovem.

Assim, como existe luta pela terra protagonizada pelo Movimento, existe uma juventude Sem Terra que contribui e fortalece os espaços de mobilização e formação.

A burguesia busca influenciar e direcionar a juventude através do debate ideológico do consumismo e individualismo. Pressionando os jovens e tentando separar da história e da cultura camponesa.

Para a direção estadual do Movimento, “a luta ideológica acontece nas escolas, por meio de professoras que desrespeitam os alunos; da mídia, que invade as casas espalhando mentirosas ilusões de consumo; e em todos os lugares que a ideologia burguesa tenta humilhar os trabalhadores”.

“É na luta que os jovens se fazem Sem Terra, se descobrindo na participação dentro do movimento como trabalhadores rurais”, enfatiza.

A representação do Movimento na vida dos jovens é descrita de varias maneiras, Gerônimo (26) do nordeste baiano, diz que “o movimento ajuda a comunidade a crescer e ter reconhecimento na sociedade, além de proporcionar diversão e união dos jovens que lutam pelo mesmo objetivo”.


Já Crislane (16) do extremo sul afirma que a luta da juventude “representa melhoria na vida e no caráter do próprio jovem, porque afasta a juventude da maldade, dos vícios e tentações que a sociedade oferece”.

Desafios

Um grande desafio encontrado dentro do MST na Bahia é a inserção da juventude dentro das instâncias. Segundo Sidnei (27) do norte, “muitos dos jovens não participam da organização por falta de interesse, responsabilidade e insegurança, por vergonha de sofrer discriminação por parte de outros jovens da sociedade por estarem na luta dos Sem Terras.”


Pensando no fortalecimento da luta pela reforma agrária, Isabel (22) do oeste, diz que “a juventude tem que ter disponibilidade para participar das mobilizações, dos estudos, eventos para poder fortalecer o nosso movimento, porque a juventude são os militantes que tem força, vigor e compromisso de fazer a luta avançar cada dia mais na sua trajetória de conquistas”. 

“Todo mundo pode fazer tudo que pretender, basta correr atrás dos seus objetivos que com certeza os resultados virão”, conclui Isabel.

Diante destes desafios, a juventude Sem Terra da Bahia se compromete em contribuir através da participação nas lutas populares. “Estamos nos preparando para levar em frente a luta do MST”, afirma os jovens.

Coletivo de Comunicação do MST na Bahia