A luta pela terra e os desafios para o MST na Bahia


Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

As avaliações, os planejamentos e as analises da conjuntura política construídos no final de 2014 são encarados como desafios por toda militância do MST em seu 27º Encontro Estadual que está acontecendo na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) neste final de semana (15 a 18).

Está questão se torna nítida, quando coletivamente o Movimento se propõe criar estratégias de luta através de um estudo aprofundado no contexto político social e agrário.

As diversas frentes de atuação do Movimento e sua organização através dos Assentamentos e Acampamentos dão continuidade a um ciclo de mobilizações e reuniões, constituindo mais um ano de capacitação e formação em torno da Reforma Agrária Popular.

Neste contexto político tendo como base a luta contra o agronegócio, os Movimentos Populares denunciam o capital agrário e suas contradições. Para direção estadual do MST “este período abre novas perspectivas para a transformação social e apresenta um novo ciclo”.

No Encontro, os trabalhadores afirmam que é necessário a superação de alguns desafios para este ano.

Primeiro, continuar criando alternativas para fazer a disputa ideológica na sociedade, lutando pela democratização dos meios de comunicação e pela redução da jornada de trabalho para 40 horas. 

Além destas questões a construção de uma unidade política com outros movimentos sociais populares, leva o MST a lutar também pelo fim do genocídio da juventude negra.

“Pensando nisto, é necessário realizar grandes mobilizações locais, construindo um dialogo entre o campo e a cidade” afirma Elizabeth Rocha da direção nacional do MST.

Tendo como base os Assentamentos e Acampamentos Débora Nunes também da direção nacional acredita que encontrar soluções para as famílias Sem Terra é recolocar o tema da Reforma Agrária na sociedade como uma pauta coletiva, unindo as forças sociais.

O desafio da agroecologia

Na construção de linhas políticas para este ano, o Movimento compreende que é necessário fortalecer e construir uma nova prática que possibilite uma relação harmônica entre o homem e natureza, possibilitando a construção de um novo modo de vida no campo e na cidade.



Este desafio propõe a construção prática de métodos produtivos e debates sociais. Protagonizando a produção camponesa com base agroecológica. Sendo um modelo viável de produção de alimento saudável e de preservação da vida no planeta terra.

Esta questão é apontada, pois afirma que os recursos naturais e os bens da natureza precisam ser preservados para garantir uma qualidade de vida para a sociedade atual e para as gerações vindouras.

Os desafios apresentados se relacionam com os princípios do Movimento e apresentam novos métodos para enfrentar o agronegócio e a invasão do capital internacional.