Equipe de Animação |
Além de desenvolver um espaço de estudo o encontro propõe avaliar, planejar ações e eleger a nova direção estadual do MST/BA para o próximo período, sendo estes, capazes de atender as necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras rurais na atual conjuntura.
“Este encontro é determinante para a nossa organicidade. Um dos pontos que devem ser levados em consideração é que o MST na Bahia acabou de completar 25 anos, sendo este um período propicio para construirmos novas metodologias e logísticas de luta; e um segundo ponto é a nossa preparação para o VI Congresso Nacional do MST”. Afirma Verá Lúcia, Secretária de Política para as Mulheres na Bahia.
Neste contexto o tema “A luta de classes e a hegemonia” é o ponto propulsor das discussões no primeiro dia de encontro. A complexidade do tema em questão caracteriza as analogias sociais estabelecidas pelo sistema capitalista e as relações de poder historicamente vistas. Problematizando a questão, o movimento está contando com a presença de cerca de 900 militantes, sendo estes: dirigentes, articuladores, coordenadores e simpatizantes da luta no estado.
Kelli Mafort - Painel de Luta de Classe e a Hegemonia |
Mediando a discussão a Companheira Kelli Mafort, Coordenadora do Setor de Gênero Nacional e integrante do grupo estudos do MST, apresenta uma reflexão dialogando com os processos históricos da luta de classes tendo como referência Karl Marx.
A luta de classe na história brasileira
Desde o surgimento das primeiras oligarquias brasileiras o capital emergi com o intuito de gerar riquezas para os grandes proprietários de terras. A busca do lucro diante de uma divisão social implementa nacionalmente e hoje internacionalmente o sistema capitalista como gerador de renda.
A classe trabalhadora diante deste contexto social altamente dividido se organiza e se mobiliza, porém, o sistema mediante tais ações: censura, ameaça, prende, tortura. Este período histórico é conhecido como a ditadura militar que se inicia na década de 80 e percorre 30 anos da história brasileira, sendo este um exemplo do poder de repressão do sistema diante das mobilizações da classe trabalhadora.
Os movimentos sociais
Mística de Abertura do Encontro |
Esta ideia capitalista já está ultrapassada e vencida pelos movimentos sociais que são exemplos perfeitos da organização e lutas coletivas. Para Kelli, “o capitalismo não serve para a classe trabalhadora e o papel dos movimentos sociais é utilizar as brechas do sistema para levantar as bandeiras de lutas de cada movimento”.
Ela avalia que estas brechas estão ligadas com as apropriações produtivas, como: monocultivos, o uso de agrotóxicos, a destruição do meio ambiente. Utilizando estes espaços para debate as organizações sociais podem construir socialmente uma luta unificada que possa fortalecer a classe trabalhadora na atual conjuntura.
Para a direção do MST no estado, o debate nesta perspectiva traz como proposta pensar ações capazes de construir junto aos demais setores da classe trabalhadora lutas unificadas que possam promover mudanças sociais.
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