Encontro Estadual da Bahia se encerra com novas perspectivas para o próximo período



Compreendendo as questões orgânicas, o processo de construção do movimento no estado da Bahia cumpre o papel de todos os finais de ano avaliar as ações realizadas e planejar por meio de uma agenda de lutas atuações capazes de fortalecer o processo de mobilização social e o avanço da reforma agrária. 

Pensando nisto, o 25° Encontro Estadual do MST na Bahia, realizado no Assentamento Terra Vista, localizado no município de Arataca entre os dias 19 e 21, possibilitou a construção coletiva de novas metas por regiões seguindo um planejamento nacional.



Além destas questões organizativas, Valmir Assunção, Deputado Federal e Militante do MST/BA, afirma que “É preciso deixar claro que não existe Movimento Sem Terra sem ocupação, mobilização e trabalho de base”. 


Nesta perspectiva, analisando o cenário nacional e internacional torna-se necessário compreender que a luta de classe está afetando diretamente os diversos setores da sociedade brasileira, assim como, as diversas organizações sociais existentes.

Lutas Unitárias

O Encontro Unitário dos Trabalhadores e trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas, realizado em Brasília, entre os dias 20 e 22 de agosto deste ano contou com cerca de 7 mil pessoas que se reuniram para pensarem estratégias de lutas unificadas e de enfrentamento aos novos desafios da conjuntura agrária. 

Este ponto de partida contribuiu com o debate das mobilizações conjuntas no estado, capazes de forjar novas perspectivas no contexto social e organizativo do movimento.


As questões que estão aliadas a este processo promoveu a construção de ações agendadas com os diversos setores organizativos do campo e da cidade. Com isto, as questões enfatizadas no Encontro Unitário e colocadas em prática no Encontro Estadual do MST afirmam que a luta dos povos e grupos sociais no estado baiano tomará grandes proporções na perspectiva deste debate.


6° Congresso do MST


Aliado ao debate unitário o 6° Congresso do MST torna-se uma constante discussão por conta da relevância de suas linhas políticas na estratégia de luta do MST a nível nacional para os próximos anos.


Compreender que caminhos seguir diante da atual conjuntura, partindo da real necessidade dos milhões de trabalhadores e trabalhadoras que hoje estão assentadas e acampadas em todo o Brasil pelo MST, torna-se necessário a realização de um trabalho de base. 


Para Elizabeth Rocha, integrante da Direção Nacional do MST, “este trabalho é ideal para reconhecermos as necessidades das localidades e as novas formas de atuação das instancias numa perspectiva teórica e prática”.


Partindo desta importância para a organização, a avaliação deste processo e a continuidade no sentido orgânico é uma das bases discursivas existentes e praticadas durante o ano atual e para o próximo ano na construção de um projeto popular.
Estudo

O processo continuo de formação política dentro do contexto social vigente além de uma prática é vista como o ponto chave de emancipação humana e construção de uma militância capacitada.


Para Valmir Assunção, o estudo deve ser visto pelos militantes como uma tarefa permanente do MST no estado.



Dentro desta perspectiva um dos pontos planejados para o próximo período de lutas do movimento no estado é fortalecer as capacitações, investindo nos setores, como priori o de formação, para contribuir na construção de ações relevantes socialmente.

Para o próximo período


Acredita-se que no ano de 2013 as ações que foram planejadas neste encontro possam se concretizar com sucesso em cada região da Bahia e que a nova coordenação que está se inserindo possa defender os ideais e os princípios organizativos do movimento e da classe trabalhadora.


Valmir avalia que ao longo desses 30 anos do MST, muitos companheiros e companheiras morreram acreditando que é possível a Reforma Agrária. Para aqueles que estão assumindo a coordenação do movimento deve perceber que esta organização não é de ninguém, mas sim, da classe trabalhadora como um todo.