Trabalhadores Rurais se reúnem com o Incra afim de cobrar agilidade no processo de construção da Reforma Agrária na região



Trabalhadores rurais, assentados e acampados, convocam o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para se reunirem, afim de cobrar e conhecer o encaminhamento feito pelo órgão na conclusão de ações que possam beneficia-los.

A reunião foi realizada nesta ultima sexta-feira (26) na Associação Guardiã da Área de Preservação Ambiental do Pratigí (AGIR), tendo como base uma pauta de reivindicações entregue ao Incra no inicio deste ano e que até o momento não foi atendida.



Este encontro contou com a participação de 100 trabalhadores rurais, dentre eles, estiveram presentes os presidentes de Associações e integrantes da direção regional e estadual do MST.

De acordo com a direção do movimento na região, já faz mais de dois anos que o órgão não libera recursos em beneficio das famílias assentadas e acampadas, atrasando a Reforma Agrária no baixo sul.


Pauta de Reivindicação


A pauta foi criada tendo em vista as principais necessidades de infraestrutura e na emissão de posse de fazendas que irão beneficiar cerca de 130 famílias.


Dentre os pontos de pauta, foram destacados: a reforma de casas nos assentamentos, demarcação de lote, construção de estradas, o sistema de abastecimento de água e a emissão de posse. Cada assentamento e acampamento representado na reunião, cobrava do órgão agilidade, afim de entender o motivo dos atrasos na liberação de recursos.


Marcos Neres, superintendente do Incra/BA, diz que neste ano os investimento do órgão se voltou a região semiárida. Como o baixo sul não se encontra nesta região seca, não foi liberado recursos para atender as reivindicações emitidas.


Conclusões 


A superintendência do Incra, se comprometeu em liberar recursos até o final do ano para realizar ações urgentes na região, buscando atender alguns dos pontos em destacados na pauta de reivindicação.


Wilson Pianissola, um dos representantes da Direção Estadual do MST no Baixo Sul baiano, afirma que, “a luta pela Reforma Agrária é um processo lento e deve ser intensificado com a participação continua das famílias assentadas e acampadas”.


As famílias representadas na reunião esperam que o Incra possa colocar em prática aquilo que a superintendência se comprometeu. Porém, as cobranças vão continuar existindo no intuito de agilizar a Reforma Agrária na região.