Os ritmos de uma noite cultural


As atividades culturais do 28º Encontro Estadual do MST na Bahia aconteceram nesta terça-feira (12/01), numa noite com grandes celebrações, emoções e homenagens.

As bandeiras que simbolizam as diversas lutas em defesa dos direitos da classe trabalhadora ocuparam os corredores da plenária. 

Enquanto isso, as canções que marcam as lutas e alimentam a esperança de construir uma sociedade melhor, estavam sendo cantadas no palco por cantadores e cantadoras da Reforma Agrária. 

Assim, se inicia mais uma noite cultural do MST na Bahia.

No primeiro momento da noite, algumas representações públicas, diversos movimentos sociais e entidades foram homenageados, pelos trabalhadores do encontro, e presenteados com um boné vermelho e a bandeira do Movimento. 

Para os trabalhadores, esta simbologia leva em sua essência as marcas da resistência, da luta e das conquistas destes 32 anos do MST nacionalmente.


De acordo com Lucinéia Durães, da direção estadual, reconhecer a participação de nossa militância, que se encontra em diversos espaços de luta, é uma tarefa cotidiana. 

“Queremos que nossos convidados e amigos, possam se sentir parte desta organização pois somos todos irmãos e irmãs, companheiros e companheiras, que lutam por uma sociedade melhor”, disse.

Versando a Luta

Após homenagem, com mística e animação, foi lançado o CD “Versando a Luta”. 

O CD foi construído pelo coletivo nacional de cultura do MST e contou com a participação de trabalhadoras e trabalhadores Sem Terra que embalam a luta em defesa da Reforma Agrária através da música. 

Além disso, traz as características da luta de milhares camponeses que, durante muito tempo, vêm defendendo as causas sociais e os direitos da classe trabalhadora.


De acordo com Dejacira Araújo, o CD possui músicas que a décadas estão sendo cantadas nas ocupações, marchas, encontros e em diversas ações do MST. 

“Essas canções renovam as esperanças, fortalecem a consciência e animam a luta. São melodias que se revoltam contra a opressão e a exploração”, explicou.

Algumas das canções gravadas marcam as ações do MST na Bahia, exemplo disso, são as composições do militante Ojefferson Santos, que embora não esteja mais presente na luta, deixou um legado artístico.

Com a mesma energia e a simbologia do início da noite, as atividades foram encerradas as duas horas da manhã com mais de 1.500 pessoas cantando, dançando e pulando ao som dos artistas do MST e amigos.