Que passos daremos em 2016 para avançarmos na luta pela Reforma Agrária?
Essa foi uma das perguntas que norteou o 28º Encontro Estadual do MST na Bahia, que se encerrou na tarde desta quarta-feira (13/01), apontando a educação, formação e agroecologia como desafios para 2016.
Mais de 1.500 trabalhadores e trabalhadoras, de dez regiões do estado, participaram da atividade que propôs estabelecer métodos, fortalecer a organicidade e construir maior unidade política com as diversas organizações sociais.
As místicas, intervenções e a participação da juventude marcaram as atividades do encontro que reafirmaram o compromisso político de intensificar, cada vez mais, as lutas em defesa da Reforma Agrária Popular.
De acordo com Elizabeth Rocha, da direção nacional, o MST busca através da sua organicidade e com o trabalho de base dialogar e formar nos assentamentos e acampamentos pessoas com a capacidade de interpretar a realidade fazendo um contraponto o que a grande mídia diz.
“Saímos deste encontro tendo como principal tarefa defender nas ruas as conquistas da classe trabalhadora, defender também, a reforma agrária e formar politicamente os sujeitos que engrossam as fileiras”, explicou.
Ela disse ainda, que a história nestes 32 anos de vida do MST, foi construída principalmente com a luta de massas que é a principal característica do Movimento, “portanto a massificação está sempre como centralidade no planejamento e na ação. Este novo período pede isso de nós”.
Unidade Popular
Segundo a coordenação do encontro, um dos objetivos alcançados foi a contribuição e participação de diversos movimentos e organizações populares que estão em luta no estado da Bahia.
O Levante Popular da Juventude, a Marcha Mundial de Mulheres (MMM), o Movimento dos Atingidos pela Mineração (MAM), a Consulta Popular e a Juventude do Partido dos Trabalhadores (JPT), são exemplos de movimentos que construíram esta unidade.
Para o próximo período, foi proposto pelos trabalhadores fortalecer as ações conjuntas e continuar construindo a Frente Brasil Popular, assim como, um Coletivo de Comunicadores Populares e uma frente de articulação e ação com a Juventude Popular da Bahia.
Compromissos
No encerramento do encontro, a mística apontou a necessidade de intensificar as lutas em defesa da democratização da terra e a continuidade de uma ampla articulação contra as transnacionais.
Com os rostos pintados, simbolizando os elementos da natureza, os trabalhadores denunciaram os impactos ambientais causados pelo modelo de produção do agronegócio e reafirmaram o compromisso de construir, no mínimo, um assentamento agroecológico por brigada.
Além disso, elegeu as novas representações, que compõe a organização do Movimento no estado, para o ano de 2016.
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