Curso de formação para educadores do campo fortalece a luta pela erradicação do analfabetismo


Na terceira e última etapa do Curso de Formação para Educadores do Campo na modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA) realizado entre os dias 19 e 21/11, o MST  construiu um Ato de Formatura em comemoração e homenagem aos 50 educadores do Movimento.

A etapa aconteceu na Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, no Prado, extremo sul baiano. 

O curso de formação cumpriu o objetivo de construir novas metodologias de ensino de acordo com a realidade das famílias camponesas, a fim de diminuir a evasão escolar e dar seguimento na meta de erradicação do analfabetismo.

Eliane Oliveira, do coletivo estadual de educação do  MST, explica que o curso de formação é uma ação do Movimento que cumpri a meta de erradicar o analfabetismo nas áreas de Reforma Agrária.

“Após erradicar o analfabetismo em sete áreas de assentamentos da região, através do método cubano ‘Sim, eu Posso’, percebemos a necessidade de enfrentar o desafio da evasão escolar, em especial nas turmas da EJA”, explicou.

“Diante disso, o curso possibilitou aos educadores aprofundar os conhecimentos pedagógicos, além de organizar os processos de formação capazes de dialogar com a realidade dos trabalhadores”, afirmou Oliveira.


Já Elisiane Vitória, professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), parceira histórica do MST e assessora do curso, diz que o maior desafio na EJA reside em garantir um processo continuo de formação aos educadores.

“No processo de alfabetização cada indivíduo tem um tempo específico que não tem como prever dentro de um determinado programa. Por isso, é um grande desafio. Porém, é positivo porque coloca tanto para os educadores como para os educandos o papel de protagonismo nesse processo”, concluiu Vitória.

Nesse sentido, Marcos Sorrentino, Laboratório de Educação e Política Ambiental (OCA), falou sobre a importância da agroecologia e os processos educativos para a transformação da sociedade. 

Ele pontua que essa luta tem uma dimensão internacionalista e que precisa ser compreendida e internalizada por todos.

Curso

O curso foi realizado em três etapas. A primeira no mês de junho, a segunda em outubro e a última em novembro.


O curso é uma iniciativa da Escola Popular em parceria com o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF), Laboratório de Educação e Política Ambiental (OCA) e do Núcleo de Apoio às Atividades Cultural e Extensão Universitária em Educação e Conservação Ambiental (NACE-PTECA) da Escola Superior Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq – USP).