Nesta última sexta-feira (02) iniciou a 2º etapa do Curso de Formação de Educadores de Jovens e Adultos (EJA) na Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, no Prado (BA).
O curso conta com a participação de 60 educadores e educadoras Sem Terra de 30 escolas do campo situadas nas áreas da Reforma Agrária, que lecionam na modalidade do EJA, em aproximadamente 43 turmas.
As atividades se encerraram neste domingo (04) e diversas experiências e práticas pedagógicas das escolas nas áreas foram socializadas.
Além disso, aconteceram oficinas de leitura, produção de texto na alfabetização e um estudo da campanha analfabetismo zero em nossos territórios.
Com a proposta de aprofundar o debate no campo popular da educação, o curso surge como resultado da avaliação que a Escola Popular e o setor de educação realizou frente as dificuldades enfrentadas pelos educadores e a ausência de um acompanhamento pedagógico dos municípios.
De acordo com Eliane Oliveira, do coletivo estadual de educação do MST, “o curso foi estruturado em três etapas visando o objetivo de refletir e socializar às ações já desenvolvidas pelos educadores”.
Para Neuzani Rodrigues, educadora a mais de 15 anos, “a primeira etapa do curso contribuiu no processo de ensino aprendizagem dos educandos, além de ter ajudado a diminuir a evasão escolar. Nesta segunda etapa queremos manter o índice e avançar no debate em torno da educação popular".
Ela pontua ainda que isso requer muita persistência e recursos metodológicos apropriados, “porque muitos dos educandos dedicam o seu dia a dia aos afazeres da roça e deixam a escola para o segundo plano”.
Pensando nisto, Dionara Ribeiro, do coletivo da Escola Popular, afirma que “nosso desafio é organizar processos de formação que nos ajudem a aprofundar conhecimentos pedagógicos. Sabemos que estamos iniciando, mas a nossa meta é zerarmos o analfabetismo em nossos territórios”.
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