“Reforma Agrária quando? Já!”. Com este grito de ordem e movidos pela luta popular, cerca de 500 trabalhadores rurais Sem Terra ocuparam na manhã desta segunda-feira (3/8) o Ministério da Fazenda na Bahia, em Salvador, denunciando os cortes realizados no orçamento destinado a Reforma Agrária no Brasil.
Durante o ato os Sem Terra dialogaram com a sociedade sobre a paralisação da Reforma Agrária e apontaram a democratização da terra como projeto político que garante o desenvolvimento social e econômico.
Afirmaram também, a importância da agricultura camponesa como modelo agrícola capaz de garantir a soberania alimentar.
Diversas denuncias foram realizadas na mobilização contra o modo de produção do agronegócio, apontando os monocultivos, os agrotóxicos e a exploração do trabalho como mecanismos de opressão a classe trabalhadora.
A ação faz parte da 2º Jornada Nacional de Lutas do MST que está mobilizando trabalhadores Sem Terra em todo país.
Nas ações, o Movimento denuncia o corte de cerca de 50% dos recursos destinados a Reforma Agrária, ameaçando estagnar os direitos da classe trabalhadora no campo brasileiro.
Segundo Evanildo Costa da direção estadual do MST estes cortes prejudicam o desenvolvimento sócio econômico de nosso país e o avanço da pauta da classe trabalhadora na perspectiva de construir uma sociedade realmente igualitária.
Já Elizabeth Rocha, da direção nacional, enfatiza que “a nossa luta tem sido para que a Reforma Agrária seja efetivada”.
“O Congresso brasileiro, com bancadas conservadoras e reacionárias, estão realizando um verdadeiro atentado aos direitos históricos conquistados pelos trabalhadores. Nosso objetivo é denunciar estas desigualdades e pautar a democratização da terra como uma luta de todos”, conclui Rocha.
Os trabalhadores permaneceram no Ministério até as 16:30 e, logo após, foram para o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), dando continuidade a luta e o avanço das pautas.
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