Com objetivo de aprofundar o debate da agroecologia no âmbito das escolas nas áreas de assentamentos e acampamentos do MST aconteceu nesta ultima terça-feira (18/8) a 1° Caminhada Agroecológica da Escola Municipal Anderson Franca, localizada no Assentamento Jaci Rocha, no Prado, extremo sul.
A caminhada foi realizada pela juventude e contou com a participação do Assentamento Jaci Rocha e dos técnicos da equipe da Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, ambos também no Prado.
Para Elielson Loures, técnico da Escola popular, “as práticas agroecológicas são fundamentais para garantir uma vida mais saudável e nossa juventude precisa conhecer de perto os métodos adotados na produção de alimentos saudáveis”.
Percurso
A caminhada teve inicio no Assentamento Jaci Rocha, passando por três cachoeiras. No trajeto a juventude analisou o solo, a produção dos assentamentos e algumas paisagens naturais da localidade.
Um dos espaços visitados durante o percurso foi a Gruta do Morcego que possui uma variedade de animais silvestre. O contato com está biodiversidade só foi possível por conta do reflorestamento realizado na área pelas famílias Sem Terra.
Agroecologia e Educação
A caminhada foi construída para proporcionar uma vivência na formação de consciência e construção ideológica dos jovens sobre o uso da terra e dos recursos naturais.
De acordo Brenda, estudante, “a atividade conseguiu propor a juventude uma reflexão mais prática sobre a natureza e os cuidados que devemos ter na produção de alimentos”.
“A sociedade precisa compreender que o campo é um lugar de transformações e se quisermos uma vida melhor é necessário adotar a agroecologia como matriz produtiva”, enfatiza Brenda.
Assentamento Antônio Araújo |
Já Fabrício, técnico do Assentamento Antônio Araújo, acredita que “a agroecologia cumpre o papel de produzir alimentos e nossa juventude precisa protagonizar e organizar a produção nos assentamentos”.
Para a direção do MST na região “a construção de um modo de produção baseado na agroecologia se faz necessário, tendo em vista, os enfrentamentos contra o modelo capitalista de agricultura que está estruturado nos pilares da concentração de terras, no uso intenso de agrotóxico e na exploração da natureza”.
A caminhada se encerrou com um momento místico e reflexivo sobre o ser humano e sua relação com natureza, provocando o debate e fortalecendo a produção sem agrotóxicos nos Assentamentos do MST.
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