Sem terra de dez regiões da Bahia realizaram entre os dias 28 e 30/5 o Encontro Estadual do Setor de Produção com estudo e intercâmbio de experiências agroecológicas na Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, localizada no Assentamento Jaci Rocha, em Prado (BA).
Nos três dias de encontro discutiram temas pertinentes a atual conjuntura do campo e realizaram um balanço político organizativo do setor de produção, onde identificou os avanços e limites, apontando as atividades estratégicas para os próximos períodos.
Além disso, visitaram as diversas instalações produtivas da Escola Popular, como os viveiros, minhocário, o sistema de armazenamento de água da chuva, sistema de reaproveitamento das águas residuales, sistema de irrigação com blocos para fruticulturas e áreas de produção agroecológicas.
Compreendendo a importância da agroecologia como método produtivo para as áreas do MST, Evanildo Costa da direção estadual, pontuou que este modelo de produção é um processo contínuo e que deve ser entendida como um modo de vida que vai contra o sistema hegemônico.
Pensado nisto, os Sem Terra acreditam que para o avanço da construção agroecológica é muito importante a participação dos educadores, das equipes técnicas, dos quadros de direção, famílias acampadas e assentadas.
De acordo com João Paulo, da direção nacional, a crises dos recursos naturais não devem ser uma agenda apenas dos ambientalistas, mas sim de toda classe trabalhadora que luta contra o modo de produção capitalista. Por isso, a agroecologia joga um papel importante.
Já Amarildo da Cruz, da direção estadual, “o intercâmbio propiciou um amplo debate e alinhamento das ideias sobre a agroecologia e, consequentemente, o avanço na construção da Reforma Agrária Popular”.
O Encontro possibilitou a realização de um planejamento para debater o fortalecimento da agroecologia nas áreas de Reforma Agrária e uma agenda de estudos a nível estadual, capaz de potencializar as experiências da produção agroecológica e atender as necessidades das famílias acampadas e assentadas.
Para finalizar houve uma troca de diversas sementes recordando a prática do histórico companheiro Egídio Brunetto e também a importância do intercambio de sementes, propagação e conservação destas para a sobrevivência da humanidade.
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