Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Organizada e implementada por um coletivo de 30 educadores na Ciranda Infantil do Encontro Estadual do MST na Bahia, os Sem Terrinha estudam, celebram e divertem-se aprendendo sobre a sua história e identidade camponesa.
As atividades realizadas são adequadas a faixa etária das crianças que estão participando efetivamente do Encontro Estadual do MST na Bahia. Diversos temas são abordados, inclusive a luta pela Reforma Agrária através de teatro, músicas, filmes, desenhos e pinturas.
A ludicidade, a arte, o estudo e a brincadeira se misturam neste espaço de aprendizado onde os Sem Terrinha constroem conhecimento.
Para este ano a Ciranda comemora os 30 anos do MST, trabalhando o resgaste da história e da luta do movimento.
Os Sem Terrinhas
Para os Sem Terrinha a ciranda é um espaço de brincadeiras, educação e aprendizado. Pensando nisto, o convívio com outras crianças inspira a coletividade na divisão dos brinquedos, no respeito aos coleguinhas entendendo que o outro tem o mesmo direito que ele.
Cauã (09) do Assentamento Gildásio Barbosa Jequitibá do extremo sul, diz que gosta da ciranda porque brinca muito e aprende muitas coisas, como jogar bola e respeitar o colega.
Já Eduardo (06) do Assentamnto São Domingos que participa da ciranda desde os sete meses de vida, gosta da ciranda porque tem muitos brinquedos e atividades diferentes. “Assistimos filmes, fazemos muito dever e gosto de ser chamado de Sem Terrinha porque na escola aprendo assim”.
Histórico
A Ciranda surgiu em 1987 durante o 1º Encontro Nacional de Educadores/as da Reforma Agrária (ENERA) com a função de possibilitar a participação dos pais e especialmente das mães nos espaços políticos do movimento.
Com os aprendizados e conquistas da luta a proposta pedagógica do MST amadureceu e a Ciranda passou a ter como foco principal a formação das crianças.
Segundo Luana Soares, coordenadora da Frente de Infância do MST na Bahia, a Ciranda representa mais um espaço de formação do movimento, que visa lutar pelo acesso dos trabalhadores a todos níveis de conhecimento.
Ela declara é uma Sem Terrinha que iniciou sua participação na Ciranda Infantil aos sete anos, estudou em escolas de assentamento e graduou-se em Pedagogia numa turma do Pograma Nacional de Educação nos Assentamentos de Reforma Agrária (Pronera).
Desta forma, a Ciranda contribui na formação política garantindo também a construção de futuros militantes do MST.
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