Por Wesley Lima
Fotos: Manuela Hernandez
Meninos vestidos de meninas e meninas vestidas de meninos, foi desta forma que a juventude do MST da Bahia propôs trazer uma reflexão sobre os diversos tipos de violência cometidas pelo machismo na sociedade, dentre elas as diversas formas de agressão a mulher e aos gays, lésbicas, travestis e transexuais (LGBT).
“A homofobia existe no campo e na cidade e estamos a favor da diversidade. Precisamos desmistificar o preconceito contra os homossexuais e acredito que a juventude deve ser os protagonistas desta luta”, enfatiza Luana Soares do coletivo estadual de juventude.
O agitprop percorreu os 2 km de filas que se formaram durante a marcha. A juventude cantava, gritava, pulava e reivindicava o fim da violência contra os LGBT’s.
Daniele Santos, lésbica e Acampada, declara que o local que mais sofre homofobia é dentro de casa e acredita que este debate precisa ser abraçado a cada dia por todos os trabalhadores.
Para Ela, “precisamos conquistar espaços para se debater a diversidade sexual na sociedade como um todo e descaracterizar a idéia machista de que homossexuais são promíscuos”.
Joelbson acredita que o MST precisa avançar neste debate, “muito está sendo feito, mas ainda é pouco, e nós jovens vamos estar sempre levantando esta bandeira nos espaços de estudo e lutas diárias”.
Discussões
O debate em torno da diversidade sexual e combate a homofobia já se tornou uma bandeira de luta levantada por diversos movimentos sociais no estado da Bahia e os LGBT’s estão a frente de discussões junto a sociedade como um todo.
Exemplo disto é a participação assídua da comunidade nos conselhos estaduais de juventude e direitos humanos.
Dentro do MST parcerias estão sendo criadas com grupos organizados na Universidade Federal da Bahia (UFBA), como o Kiu, para construir espaços de debate referente o tema junto com o setor de gênero, juventude e comunicação.
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