AGRICULTURA CAMPONESA GERA AUTONOMIA
De onde vem a alimentação que mantém cerca de 5 mil Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas que estão reunidos em Brasília? Esta é uma duvida que permeia os diversos espaços sociais e não é de hoje que se questiona a alimentação utilizada nos atos em que os movimentos sociais estão envolvidos.
Os movimentos sociais estão organizados em Acampamentos, Assentamentos, Quilombos, Aldeias. Nestes espaços, as famílias que ali residem, produzem diariamente alimentos que são consumidos entre eles e os excedentes são vendidos para a cidade.
Na maioria das localidades o trabalho de produção é feito coletivamente, envolvendo do mais novo ao mais velho nas atividades. Em alguns espaços as famílias estão organizadas em cooperativas, envolvendo mais de uma comunidade, o que valoriza o produto aumentando o seu valor diante do mercado.
De acordo com Océlio Muniz do Movimento dos Atingidos por Barragens/RO, a alimentação do Encontro é mantida pelos próprios camponeses isso demonstra a nossa autonomia perante o Governo e o Agronegócio.
O Encontro possibilitou uma diversidade de alimentos, por conta, da variedade de regiões e organizações produtivas. Pensando nisto, a alimentação vinda das regiões está sendo feitas e distribuídas por estado. Para Edson da Conceição do Movimento dos Pescadores da Bahia, é muito importante trazermos a alimentação de nossas comunidades, pois só assim, teremos a certeza que não estaremos comendo alimentos contaminados com venenos.
Enfim, o Encontro Unitário é mantido pelos próprios camponeses que utilizam o campo como espaço produtivo, gerando assim, autonomia política e financeira dos movimentos sociais.
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