Sem Terra reafirmam o compromisso de permanecerem mobilizados pela democracia e Reforma Agrária


Na tarde dessa última sexta-feira (22/04), 4 mil trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra realizaram uma assembleia de análise do atual cenário político e de unidade popular, para reafirmarem o compromisso de continuar mobilizados em defesa da democracia, da Reforma Agrária e contra o golpe. 

As atividades aconteceram durante a ocupação da Secretaria de Planejamento (Seplan) e da Fazenda, que funcionam a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), onde estão desde a última terça-feira (19/04).

Reunindo representações de partidos da esquerda, movimentos e organizações populares, a assembleia trouxe nas místicas e intervenções a necessidade de avançar na luta contra a violência no campo e o golpe, liderado pela direita no Congresso Nacional.

Cedro Silva, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA), apontou que o protagonismo do MST no processo de luta contra o golpe fortalece a organização das lutas e impulsiona, com coragem e rebeldia, a esquerda brasileira. 


“Assim como na luta contra o agronegócio, ocupando os latifúndios, o Movimento Sem Terra tem nos ensinado a permanecer em marcha contra a tentativa de golpe. Essa luta precisa ser respeitada”, afirmou.

Para o vereador de Savaldor Luiz Carlos Suíca (PT-BA), representante do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública do Estado da Bahia (Sindlimp/BA), é preciso evitar o golpe contra os direitos conquistados pelo povo. “Cabe à classe trabalhadora, que plantou esperança, continuar lutando por um futuro melhor”.

Já Renata Rossi, militante do Partido dos Trabalhadores (PT), enfatizou que o MST tem ensinado que só a luta faz transformações sociais.

Unidade popular contra o golpe

De acordo com Valmir Assunção, deputado federal, o fundamental, neste atual cenário político, é estar fiel ao processo de luta e para isso, “temos que estar juntos em todos os momentos”. 

“Nós fomos às ruas para evitar um golpe a constituição e a democracia. Permaneceremos mobilizados”, enfatizou Assunção.


Compreendendo as lutas contra o golpe e o processo de construção de maior unidade entre os trabalhadores do campo e da cidade, Evanildo Costa, da direção nacional do MST, disse que a classe trabalhadora vai impor uma derrota ao golpe e por isso estão mobilizados.

Sobre a pauta de reivindicação e em denuncia a morosidade do governo do estado, o dirigente destacou que a luta do povo não para e a realização da Reforma Agrária precisa ser vista como prioridade na construção de um projeto popular para o país. “Sem respostas concretas, não sairemos daqui”.