Oficina sobre questão agrária |
Após ocupação realizada nesta última terça-feira (19) à Secretaria de Planejamento (Seplan – CAB), os Sem Terra utilizam o acampamento como ferramenta de formação e organização dos trabalhadores e trabalhadoras.
São mais de 4 mil pessoas acampadas, enquanto esperam o governador Rui Costa dá uma resposta a pauta de reivindicação, que a mais de um ano está travada.
Pensando nisso, a direção do Movimento no estado afirma que o tempo de mobilização é tão importante quanto o tempo que poderiam está semeando e cultivando a terra, “pois estamos semeando ideias”.
Formação Política
Durante a semana de mobilização realizaram uma roda de conversa LGBT Sem Terra com o tema: “Se auto-organizar para transformar”. O espaço reuniu gays, lésbicas, bissexuais, e transexual que moram em áreas de assentamento e acampamento do MST.
Houve também uma oficina de fotografia com a juventude, que propôs estudar as diversas técnicas de como trabalhar a imagem e sua linguagem.
Na área da saúde houve cursos, treinamentos e atividades práticas, como: limpezas de ouvido, aferição de pressão, trabalho na área de fisioterapia, entre outros.
Roda de conversa com os LGBT's Sem Terra |
Também aconteceu cursos de formação com análises da conjuntura sociopolítica para os Sem Terra.
Já os Sem Terrinha, que também estão fortalecendo a Jornada Nacional de Lutas, participaram da ciranda todos os dias, que através do estudo e da recreação deram ênfase a valorização da identidade camponesa.
Atividades culturais
Por outro lado, a juventude Sem Terra brindou diversos momentos de descontração, a partir da agitação e propaganda, sarau e luau, com apresentações culturais, que trouxeram músicas, poemas, piadas e contos, resgatando e valorizando a história dos companheiros tombados na luta.
Luau da Juventude Sem Terra pela democracia |
De acordo com Carlos Alberto, assentado, as noites culturais foram animadas com bandas de forró, moda de viola, regue, pagodes que retrataram a identidade e a luta do homem do campo.
“A participação massiva da juventude de todo o estado enriqueceu o luau e o sarau com diversos números culturais, proporcionando um intercâmbio entre as gerações”, afirmou Carlos.
Já André Conceição, acampado, acredita que as oficinas foram importantes para os trabalhadores, “pois qualificaram as ações e ao mesmo tempo possibilitou melhores resultados para o cotidiano dos Sem Terra”.
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