No recôncavo baiano, Sem Terra estudam o atual cenário político e apontam desafios

Cerca de 100 trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra se reuniram entre os dias 12 e 14/03 para realizar um amplo estudo do atual cenário político e projetar ações em defesa da Reforma Agrária Popular e da democracia brasileira. 


Os debates aconteceram no Acampamento Fábio Santos, em Aramari, no recôncavo baiano e construiu um calendário organizativo, apontando as lutas e os desafios enfrentados pelos Sem Terra no campo da produção, massificação, articulação e diálogo com a sociedade.

De acordo com Leonice Rocha, da direção estadual do MST, o encontro, com caráter intersetorial, acertou no processo de desenvolvimento e organização das frentes de atuação do Movimento. 

“Este momento reuniu toda militância para discutir e tomar linhas diante das metas que precisamos cumprir no fortalecimento da luta a partir dos assentamentos e acampamentos”, disse. 

Os intersetoriais já possuem espaço no calendário de atividades do MST na Bahia, “garantindo o fortalecimento e o desenvolvimento da organização”, destacou Rocha. 

Pensando nisso, diversas avaliações sobre a atuação do Movimento no ano de 2015 foram realizadas, assim como, a construção de novas projeções para 2016.




Produção

Um dos pontos enfatizados durante o encontro, foi o desafio da produção agroecológica e como utilizar essa ferramenta para fortalecer as lutas do MST. 

Foi tirado como meta eliminar o uso de agrotóxicos na produção das famílias e construir em toda regional quatro grandes feiras agroecológicas “para dialogar com a sociedade sobre a Reforma Agrária e apontar as contradições do agronegócio”, afirmou Alex Pacheco, do setor de produção no recôncavo. 

De oito em oito dias os produtos dos trabalhadores Sem Terra ocupam a Universidade Federal da Bahia (UFBA), em parceria com o Núcleo de Estudos e Práticas em Políticas Agrárias (NEPPA), “nossa tarefa é potencializar e expandir essa ferramenta dentro da academia”, explicou Pacheco.