Em menos de uma semana, diversos episódios de violência marcam a luta da classe trabalhadora no Brasil. São ações que atentam aos Direitos Humanos, diante de uma crise política e diversas manifestações populares contra um golpe e em defesa da democracia.
No estado de Rondônia, neste último sábado (02/04), o Acampamento Hugo Chávez do MST foi invadido por homens fortemente armados, que aterrorizaram as famílias e às expulsaram de seus lares, ateando fogo em suas casas.
Na quarta-feira (06), o Frei Sérgio Göergen, liderança do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), foi preso pela Polícia Militar, em Brasília, porque estava se manifestando contra o golpe e tomou uma posição ideológica, de ao receber um panfleto da FIESP das mãos de um “pato” amassou e jogou no lixo.
Já na quinta (07), durante um violento despejo aos Povos da Aldeia Tupinambá Serra do Padeiro, em Ilhéus, sul baiano, o Cacique Babau e seu irmão, José Aelson, foram presos pela Polícia Federal porque estavam lutando junto ao seu povo contra as empresas do capital.
No Paraná, também na quinta, duas equipes da Polícia Militar, acompanhadas de seguranças da empresa Araupel atacaram o Acampamento Dom Tomás Balduíno, na região de Quedas do Iguaçu, centro do estado.
Existe a confirmação de dois mortos e aproximadamente seis feridos - o número exato ainda não foi confirmado -.
De acordo com a direção do MST na Bahia, a direita ampliou sua frente de ataque ao perceber que a classe trabalhadora é a principal força capaz de frear a ofensiva violenta do capital. “Agora está direcionando a artilharia pesada contra os movimentos populares”.
“Esses assassinatos e as ações truculentas não são fatos isolados, são articulações da classe dominante contra o povo e suas lideranças para consolidar o golpe”.
Com isso, o MST no estado exige justiça e afirma que estará nas ruas e nos latifúndios realizando lutas em defesa do direito de manifestação, da democracia, contra o golpe e o agronegócio.
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