Na manhã dessa quarta-feira (20), cerca de 4 mil trabalhadores Sem Terra montaram uma sala de aula na Secretaria de Educação para denunciar o descaso e a morosidade do órgão público e do Governo do Estado em atender as pautas de reivindicações entregues a mais de um ano.
Com lápis, caneta, facão e estendendo uma lona preta na frente da secretaria, o MST pauta a construção de novas escolas e reivindica melhores estruturas às já existentes.
Essas demandas fazem parte de uma pauta construída e entregue no ano passado e que o Governo do Estado não cumpriu.
Publicamente, o governador Rui Costa, afirmou aos trabalhadores que iria construir 10 escolas nos assentamentos de reforma agrária. Quatro em 2015 e seis em 2016. Porém, nenhuma escola foi construída.
Os Sem Terra reivindicam ainda, o acesso a uma série de políticas públicas que garantam o desenvolvimento e o fortalecimento da educação nos assentamentos e acampamentos.
De acordo com Lucineia Durães, da direção do MST, é inadmissível a postura omissa do governo em não cumprir com os acordos assumidos com a classe trabalhadora. “Por isso, retornamos a nossa pauta para a ordem do dia”.
Com a sala montada, cerca de 100 estudantes estarão construindo um processo de formação política, com mística e animação, enquanto estiverem mobilizados em Salvador, com o objetivo de pressionar a secretaria a atender os pontos de pauta.
“Não aceitamos este descaso e exigimos que possa ser construída uma política de educação do campo”, afirma a direção do Movimento.
A ocupação faz parte da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária e reafirma o compromisso de continuar mobilizando e defendendo melhores condições de vida para o campo brasileiro.
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