Denunciando o abandono de mais de 600 hectares da Unidade Agroindustrial de Transformação de Vagens de Algaroba (UATVA), da Fazenda Reunidas Rio de Contas LTDA (Riocon), mais de 150 Mulheres Sem Terra ocuparam na noite deste domingo (6/3) a área da fábrica.
Localizada no município de Abaré, no nordeste baiano, a unidade é destinada exclusivamente ao beneficiamento das Vagens da Algaroba, obtidas a partir do plantio nas regiões produtoras adjacentes, porém estão com as atividades paradas a meses, “sem cumprir sua função social”, afirmam as trabalhadoras.
A unidade foi construída em parceria com a Organização Odebrecht, que é um conglomerado brasileiro de capital fechado e atua em diversas partes do mundo nas áreas de construção e engenharia, químicos e petroquímicos, energia, saneamento, entre outros.
Empunhando facões e foices, as mulheres Sem Terra afirmam que a área abandonada da Riocon precisa ser destinada para fins de Reforma Agrária.
Elas dizem ainda, que mais de 100 milhões de hectares passaram para o controle de latifundiários, e por outro lado, as camponesas e camponeses ocupam uma área de apenas 24,3%.
Com acampamento montado, as trabalhadoras não possuem previsão de saída e estão aguardando os órgãos competentes para iniciar o processo de negociação.
Esta ocupação faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que estão realizando diversas mobilizações em todo país, denunciando o agronegócio e defendendo a natureza e alimentação saudável.
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