Para avançar na Reforma Agrária, Sem Terra apontam desafios em intersetorial


O Seminário Intersetorial da brigada Dandara, realizado de 29/02 a 01/03, no Assentamento Ernesto Che Guevara, em Wenceslau Guimarães, contou com a participação de 120 trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra. 

Para a direção da Brigada, o seminário apontou os desafios que os setores possuem para o trabalho nas áreas a partir do planejamento das lutas, que serão realizadas durante o ano. 

Além disso, a atividade contribuiu na formação de novos militantes e fortaleceu a organicidade do Movimento.

Na abertura do evento, Lucinéia Durães, da direção estadual do MST, abordou durante a análise do atual cenário político a complexidade e os desafios na luta de classes. 

Foi destacado a conjunção das crises econômica, política, social e ambiental no Brasil, “que provocou uma correlação de forças conservadora acentuando os ataques sobre os direitos sociais e trabalhistas”, disse Durães. 

Para reverter este quadro, foi apontado o desafio da construção da Reforma Agrária Popular e da articulação de forças populares e sindicais através da Frente Brasil Popular.


Pensando nisso, foi enfatizada a importância do avanço da agroecologia e do combate ao uso de agrotóxicos nas áreas de Reforma Agrária, assim como, da construção de instrumentos próprios de comercialização, que aproximem os consumidores dos produtores. 

Também foi destacada a importância do estudo e da formação política para o enfrentamento ao cenário de crise.

Dando continuidade aos estudos, foi realizado um debate sobre os princípios organizativos do MST e os setores se reuniram para planejar as atividades do ano. 

O seminário foi marcado pela intensa participação da juventude, que para os Sem Terra é um público fundamental na renovação de quadros e na construção da Reforma Agrária Popular.