“A luta é para garantir a democracia”, afirma Frente Brasil Popular


Após o juiz Sérgio Moro ter vazado uma conversa entre a presidente da república, Dilma Rousseff, com o ex-presidente e atual ministro da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva, na noite desta quarta-feira (16), instaurou-se um clima de revolta nos trabalhadores e trabalhadoras. 

A Frente Brasil Popular na Bahia, formada por diversos movimentos e organizações populares, diante do ocorrido, afirma que “é um absurdo o Poder Judiciário passar por cima do Poder Executivo e vazar a conversa para imprensa”. Diz ainda que a ação é ilegal e precisa ser apurada com seriedade e em caráter de urgência.

Pensando nisso, a Frente se reuniu na manhã desta quinta (17), na sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Salvador, para ampliar o debate em torno das lutas da sexta-feira (18), analisar o método construído pela extrema direita para atacar a democracia e fortalecer as articulações contra a política golpista em curso. 

Cenário Político

Avaliando o atual cenário político, os trabalhadores afirmam que está acontecendo um processo em que as forças das classes estão sendo medidas, “aparadas por um estado burguês que quer, a qualquer custo, derrubar a democracia brasileira”. 

Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobrás, enfatiza que a proposta da extrema direita, que está nas ruas e no poder, é inviabilizar o Governo, isolando a presidente. “Precisamos fazer a disputa nas ruas e uma gigantesca manifestação”, diz. 

A Frente salienta também, que as lutas são para garantir a democracia e “este é o momento da classe trabalhadora ocupar as ruas”. 

Em defesa da democracia

Na capital baiana, as manifestações em defesa da democracia e contra o golpe começam na tarde desta quinta-feira com uma grande vigília na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA). 

Milhares de estudantes, sindicalistas, jovens, mulheres, negros e negras, LGBTs, pastorais e partidos políticos, intelectuais, religiosos e artistas, estão sendo esperados para se somar as lutas. 

Enquanto isso, diversas intervenções com panfletagem, lambe lambe, grafitagem e agitação e propaganda mobilizam a classe trabalhadora no subúrbio de Salvador. 

No dia 18, uma grande marcha percorrerá o centro da cidade. A concentração está marcada às 15 horas, no Campo Grande. 

Além disso, as manifestações acontecerão também em diversas cidades do interior, como Juazeiro, Eunápolis, Vitória da Conquista, Guanambi, Itabuna, dentre outras.