Trabalhadores Sem Terra, do setor de produção do MST no baixo sul baiano, se reuniram, entre os dias 26 e 27/02, para reafirmarem o compromisso da produção agroecológica e planejarem os passos que serão dados nas áreas de Reforma Agrária em defesa dos alimentos saudáveis.
As atividades aconteceram na Escola do Campo Luana Carvalho, localizada no Assentamento Josinei Hipólito, em Ituberá, e contou com a participação de técnicos e da coordenação estadual do setor de produção.
De acordo com Gilson Santana, do coletivo de produção, para superar o desafio de construir a agroecologia é necessário defender a natureza e o equilíbrio ecológico, aumentando a fertilidade do solo a partir do respeito a biodiversidade.
A agroecologia foi apontada pelos trabalhadores como uma ferramenta que se contrapõe ao modelo de produção do agronegócio.
“Não podemos permitir que em nossos cultivos sejam utilizados agrotóxicos. Precisamos avançar nesta luta e mostrar que é possível garantir a soberania alimentar cuidando da natureza e dos trabalhadores e trabalhadoras”, afirmaram os Sem Terra.
Angelita, assentada, relembrou que viu um outro trabalhador sofrer por intoxicação pelo o uso intensivo de agrotóxicos, no período que trabalhava para o fazendeiro.
Desafios
Ao final do encontro, os trabalhadores se comprometeram em realizar no mínimo quatro feiras nas cidades polos da região e fortalecer a comercialização através da Cooperativa Regional dos Cacauecultores do Baixo Sul.
Além disso, se desafiaram a construir agroindústrias nos assentamentos, garantindo a inclusão dos trabalhadores no Programa Terra Forte, que é construído em parceria com o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDR).
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