Movimento Agrovida pauta a agroecologia na UFRB


Com o tema “A importância do Manejo Agroecológico do solo para gerações futuras” o Movimento de Apoio à Agricultura Familiar e Agroecologia (Agrovida), em parceria com diversos movimentos do campo e da cidade, realizou entre os dias 30/11 e 01/12 o 7º Encontro da Agricultura Familiar e Agroecologia. 

A atividade aconteceu no auditório da Biblioteca da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), em Cruz das Almas, e contou com diversas mesas de debate, exposições e minicursos. 

Com objetivo de pensar um novo modelo de produção e problematizar a questão junto aos estudantes da Universidade, o encontro questionou o agronegócio e propôs pensar a agroecologia como um método capaz garantir a soberania alimentar.

Os participantes puderam também comprar e levar para casa alguns produtos dos pequenos agricultores, produzidos sem agrotóxicos, que estavam expostos num stand.

Nas discussões, os estudantes refletiram sobre o acesso as políticas públicas pela juventude e propuseram ferramentas que precisam ser olhadas pela UFRB como instrumentos capazes de garantir o desenvolvimento social e econômico aos pequenos agricultores.

De acordo com Manoela Paz, da coordenação do seminário e militante da Agrovida, este 7º encontro mostra a agroecologia e a agricultura familiar à academia como ferramentas de contraposição a lógica de produção do agronegócio. 

“A grade curricular dos cursos das agrárias foi pensada para validar o modelo de produção do sistema capitalista, não atendendo os agricultores familiares. Este ano queremos focar na questão do solo como recurso ambiental, não renovável, que precisa ser cuidado e a agroecologia, acreditamos ser uma ferramenta para isso”, destacou.  


Agrovida e a Universidade

Formado por estudantes de agroecologia e agronomia que não se identificaram com o “modelo burguês” de ensino proposto pela UFRB, o Movimento Agrovida vem atuando a 11 anos questionando a grade curricular e construindo espaços que protagonizam a agricultura familiar. 

Além disso, o Movimento vem prestando assistência técnica e extensão rural a diversas comunidades no recôncavo baiano. 

“Queremos romper com o modelo de educação baseada no agronegócio dentro da Universidade e estes espaços de estudo e construção coletiva nos dão base para avançar com o debate”, concluiu Paz.