Em mais uma feira, Sem Terra do extremo sul mostram a força da produção agroecológica


Afirmando que os Assentamentos do MST são territórios livres de agrotóxicos e transgênicos, famílias Sem Terra apresentam a população do município de Itamaraju uma produção diversificada em mais uma Feira da Reforma Agrária.

A feira está acontecendo neste sábado (13/6) no centro da cidade baixa e disponibiliza para os visitantes, além de uma diversidade de produtos agrícolas, jornais e panfletos que apontam os riscos que o uso de agrotóxicos e sementes transgênicas podem causar a saúde. 

Além disso, o espaço dialoga com a população urbana sobre a importância da construção da agroecologia e mostra um pouco da cultura dos Assentamentos e Acampamentos através de grupos musicais que estão se apresentando durante a feira.

Estão presentes na feira varias lideranças do município relatando a importância da produção familiar para a sociedade, assim como, a luta  travada pelo trabalhadores Sem Terra para produzir uma alimentação saudável.

Leandro Dominicine, da coordenação regional, afirma que todos os produtos apresentados na feira agroecológica são conquistas dos trabalhadores assentados e acampados que se contrapõe ao modelo de produção do agronegócio. 

“O sucesso dessa produção está no intercâmbio de experiências entre os trabalhadores com o fim de resgatar os conhecimentos tradicionais, como forma de capacitação para o cultivo orgânico sustentável”, conclui Leandro.


Além de oferecer alimentos saudáveis e baratos à população das cidades, as feiras agroecológicas que estão acontecendo em toda região do extremo sul da Bahia, denunciam a contaminação indiscriminada do meio ambiente, causados pelos grandes monocultivos do agronegócio.  

Joilson Pereira, mais conhecido como Bolinha, é agricultor e técnico em gestão agrícola formado nas escolas do MST. Ele diz que a agroecologia parte de três princípios. Primeiro, fornecer produtos sustentáveis. Em seguida, garantir uma produção socialmente justa e por fim, adequadamente viável. 

Pensando nisso, Evanildo Costa, da direção estadual, enfatiza que para a construção da agroecologia é importante à unidade dos trabalhadores do campo e da cidade.