MOBILIZAÇÃO NA PRAÇA DOS TRÊS PODERES ENCERRA ENCONTRO UNITÁRIO


 Após dois dias (20, 21) reunidos no Parque da Cidade em Brasília, cerca de 10 mil trabalhadores e Trabalhadoras dos Povos do Campo das Águas e das Florestas saíram em marcha no dia 22 rumo a Praça dos Três Poderes em Brasília. O ato encerra o Encontro Unitário e possibilita a entrega da Declaração do Encontro Nacional Unitário. Nesta declaração encontra-se unificada os anseios e direitos de todos os trabalhadores envolvidos no encontro referente às lutas de seus respectivos movimentos.




Durante o percurso percorrido, os trabalhadores gritavam gritos de ordem, balançavam bandeiras, levantavam faixas. A ideia era fazer as pessoas que estavam ao redor acompanhando a marcha, refletir sobre aquela ação e se juntar a luta.

Durante os dias em que os trabalhadores estavam acampados os estudos foram o ponto principal do encontro. A unificação das lutas era sempre discutida e sua importância debatida nos diversos movimentos sociais. Para Guilherme Deugado da Associação Brasileira de reforma Agrária, “Os povos estão ameaçados pela economia do agronegócio. Sendo assim, os movimentos e povos devem se reunir para refletir”, conclui afirmando, “a cultura homem terra deve ser resgata”.

Pensando nisto, um coletivo de pessoas como, o Deugado e o professor Sergio Saué, estiveram presentes na construção um documento que unificasse a luta dos movimentos sociais envolvidos no encontro. Este documento foi entregue anexado a Declaração do Encontro Nacional Unitário.

De acordo com Sergio Saué, “o maior desafio ao criar este documento era fazer com que todos os povos possam se ver nele”, encerra dizendo, “aqui estão dez questões que devem ser discutidas, amadurecidas e colocadas em pauta nas diversas discussões realizadas nas instancias aqui representadas”.

Após 51 anos sem que o Encontro Unitário acontecesse, 2012 foi marcado pela unificação dos povos no intuito de mudar a sociedade e construir um modelo econômico em que o agronegócio não venha existir.

Portanto, em torno de pontos comuns, para enfrentar os mesmos inimigos foi construída uma agenda de lutas e mobilizações unitárias para 2013, sendo este o primeiro passo que um serie de lutas conjuntas nos níveis locais, estaduais, regionais e nacionais.