Juventude Sem Terra estuda seus desafios e promovem torneio de futsal

Por Wesley Lima

Organização, coletividade, identidade e sexualidade foram os principais pontos discutidos no Encontro da Juventude Sem Terra realizado no Assentamento Ernesto Chê Guevara em Wenceslau Guimarães, região do baixo sul baiano.

O Encontro aconteceu neste ultimo final de semana (21 e 22) e reuniu 200 jovens dos Assentamentos e Acampamentos do município e das cidades circunvizinhas.



Com objetivo de regatar e fortalecer a identidade quanto Juventude Sem Terra e proporcionar um espaço com diversas atividades artísticas e esportivas, foi possível envolver e delegar tarefas a todos os participantes, pontuando a construção coletiva do saber e das demandas organizacionais do encontro.

De acordo com Elaine Fritz da direção estadual do MST, “a juventude se encontra num momento em que a mídia desconstrói a importância da coletividade de nosso meio. Estamos aqui para unificar os jovens, debater a questão identitária e fortalecer a luta pela Reforma Agrária”.

O encontro foi dividido em dois momentos. Primeiro, os jovens debateram os desafios encontrados para consolidar coletivos nas comunidades e por fim, realizaram um grande torneio masculino e feminino de futsal envolvendo todas as comunidades presentes.

Time Feminino de Futsal
“Aqui é o espaço de encontro de toda a juventude para interagir junto ao Movimento e defender nossas bandeiras de luta. Precisamos resgatar essa juventude e construir linhas de atuação que protagonize a nossa luta pela Reforma Agrária em nossa região” afirma Adelson Santos morador do Assentamento Candelária. 

Além desta questão que fomenta a participação destes jovens na luta diária, Tamiles Ferreira do coletivo de juventude acredita que o encontro conseguiu pautar a organização coletiva e a importância de repassar esse conhecimento para aqueles que não puderam estar presentes. 



O principal desafio apontado no encontro é a participação da juventude nas atividades do Movimento através da coletividade, pensando nisto, foi dado como tarefa aos jovens construir mecanismos organizativos que promovam a identidade quanto classe trabalhadora e que fortaleçam a luta pela Reforma Agrária.