Por Coletivo de Comunicação do Extremo Sul
O seminário aconteceu entre os dias 23 e 25 na Escola Popular Egídio Brunetto, localizada no município do Prado, e envolveu 62 pessoas que contribuem no processo pedagógico de 27 escolas dos Assentamentos e Acampamentos do MST na região do extremo sul baiano.
As atividades buscaram dialogar com o processo de transição agroecologica e trouxe reflexões sobre a abordagem desta questão nas salas de aula.
Pensando nisto, enfatizaram diversos aspectos sobre as contradições, possibilidades e desafios para o fortalecimento das escolas do campo, tendo como base a formação na perspectiva agroecológica.
Facilitando a abordagem destas questões, foi discutido: a conjuntura da educação do campo e os desafios das escolas do MST; educação ambiental e alfabetização agroecológica ambientalista; luta de classe e os desafios da construção da agroecologia.
Vinculando estes debates a realidade vivida nas comunidades, o Professor Marcos Sorrentino do Núcleo de Extensão NACE PETECA acredita que “a dimensão de uma educação ambiental transformadora possibilita a construção de coletivos e educadores na direção de uma sociedade sustentável”.
Para isso, o Setor de Produção do MST enfatiza o papel da organização na construção de uma sociedade capaz de refletir a realidade através das mobilizações e ocupações. “O movimento transforma, forma, humaniza, dentro das contradições sociais por meio da luta permanente”.
O setor destaca também, nove dimensões da agroecologia para escolas do movimento, são elas: política, econômica, ambiental, energética, cultural, administrativa, técnica, ética e soberania alimentar.
Além destas questões de cunho discursivo o processo formativo construído pedagogicamente nas escolas do campo possuem elementos importantes para se pensar a implementação deste debate no currículo das escolas.
O Coletivo de Educação Estadual do MST fortalece estas questões ao afirmar que “precisamos envolver intimamente as famílias, mostrando que na prática podemos realizar mudanças significativas no nosso modo de produzir e na luta pela conquista da terra. A escola será um espaço formador e construíra sujeitos capazes de refletir e mudar a matriz produtiva”.
O encontro construiu uma agenda de atividades que fomentam as questões agroecológicas para o calendário escolar para 2015.
Eliane Oliveira do setor de educação acredita que “a partir deste seminário fica aberto o desafio para escolas implementar em seus diferentes espaços o debate da agroecologia, afim de fortalecer a nossa luta pela construção de uma sociedade mais justa e igualitária”.
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