Processo Seletivo |
Este curso é uma conquista das organizações sociais e comunidades tradicionais. A ideia é formar pessoas capazes de defender os interesses da classe trabalhadora, representada por seus respectivos movimentos, diante do poder judiciário brasileiro.
Para este vestibular se inscreveram integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento Estadual dos Trabalhadores Assentados Acampados e Quilombolas (CETA), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Escolas Agrícolas, Comunidades Tradicionais, Movimento Camponês Popular (MCP), a Consulta e o Levante Popular, totalizando 151 pessoas que serão selecionadas para 40 vagas disponíveis.
O processo seletivo foi aberto nacionalmente, contando com a participação de boa parte dos estados brasileiros.
Para aqueles que passarem no processo seletivo a matricula acontecerá nos dias 11 e 12 de dezembro e aula inaugural no dia 13. O curso está programado para ocorrer em dez etapas, em um período de cinco anos.
O curso é um convênio entre a UEFS e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), tendo como proposta pedagógica a Pedagogia da Alternância, metodologia defendida por Paulo Freire e que se divide em dois tempos de estudos: Tempo Escola, período em que o educando está presente no espaço acadêmico estudando junto aos professores; Tempo Comunidade, período em que o educando coloca em prática o conhecimento adquirido no tempo escola em sua respectiva localidade;
De acordo com Roseane Rios, Coordenadora dos Cursos Formais pelo MST/BA, esse curso de Direito é o resultado de uma luta da classe trabalhadora do campo pelo reconhecimento do direito à educação superior. Desta forma, reafirma a importância do Pronera como ferramenta para garantir aos povos do campo acesso as áreas de conhecimento que historicamente ficaram reservadas à elite brasileira.
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