Na Bahia, MST participa do Dia Nacional de Lutas da Esquerda




Os Trabalhadores Rurais Sem Terra que estão em marcha desde a ultima segunda-feira (09/03) de Feira de Santana a Salvador participaram do Ato Político do Dia Nacional de Lutas em defesa de direitos, da democracia, Petrobrás e pela Reforma Política. 

A atividade aconteceu nesta sexta-feira (13/03) em frente à sede da Petrobrás em Salvador e contou com a participação de dezenas de entidades.

Cerca de 500 Sem Terra se somaram a trabalhadores e trabalhadoras do Sindicato dos Petroleiros, CUT, CTB, PCdoB, PT, Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Marcha Mundial das Mulheres, Levante Popular da Juventude e Consulta Popular. Reunindo 1200 pessoas.

Dia Nacional de Lutas 

A mobilização se insere numa conjuntura nacional marcada pelo avanço do conservadorismo e a disputa acirrada pelo poder. 

Compreendendo este momento e a importância de se construir lutas unitárias com os movimentos de esquerda, Cedro Silva, presidente da CUT-BA, enfatiza que “estamos vivendo um momento de crise econômica e crise política em nosso país. As assanhas do neoliberalismo se voltam principalmente para os países que estão adotando uma política de valorização da classe trabalhadora, aumentando seus investimentos e distribuindo renda”. 

Já Maíra Guedes da Marcha Mundial de Mulheres (MMM) acredita que a Reforma Política será o espaço de legitimação dos direitos da classe trabalhadora. “Saímos às ruas por mais direitos e por Reforma Política. Mas não é uma reforma política somente. Nós queremos uma Constituinte do Sistema Político. Nós queremos que essa reforma seja feita pelo povo brasileiro”, enfatiza.

Petrobrás 

A Petrobrás, uma das maiores empresas brasileiras e que tem uma das reservas de petróleo mais disputadas atualmente, como o Pré-Sal, está seriamente ameaçada pela pressão dos setores burgueses e corre risco de ser privatizada. 

Tal pressão se dá tanto no Congresso Nacional, a exemplo da parcialidade nas investigações da Operação Lava Jato, quanto das transnacionais, que são as principais financiadoras das campanhas eleitorais. 

A defesa de uma empresa que garanta os interesses públicos não se faz com privatização, mas sim com uma profunda reforma do sistema político. 

Evanildo Costa da direção estadual do MST entende o processo de construção sócio histórica brasileira e acredita num retrocesso político diante da privatização de empresas públicas como a Petrobrás.

“Este é o momento de unificar nossas forças e nossas categorias para defender aquilo que o povo já conquistou durante mais de 500 anos nesse Brasil. Não podemos entregar de volta na mão dos imperialistas”, conclui.