Em Jornada de Luta, Mulheres do campo e cidade denunciam o capital

Construindo unidade nas pautas das Trabalhadoras Sem Terra e urbanas, o mês de março na Bahia será marcado pela Jornada Nacional de Luta das Mulheres contra a violência, o capital e o agronegócio.

A Jornada no estado tem inicio na próxima segunda-feira (09/03) com o Ato de Abertura da Marcha Estadual do MST que este ano pauta a desapropriação de terra, defende a Reforma Agrária e dialoga com a sociedade sobre a importância de se construir um modelo social mais igualitário.



O Ato acontecerá na Praça da Prefeitura de Feira de Santana e conta com a participação de 3.100 trabalhadoras, integrantes da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Movimento de Organização de Mulheres em Defesa da Cidadania (Mondec), Levante Popular da Juventude, Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Consulta Popular, CUT - BA, CATRUFS, Movimento de Organização Comunitária (MOC), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), organização de mulheres do PT e o MST. 

De acordo com Lua Moreira, militante da Consulta Popular, “nesta Jornada de Lutas precisamos colocar em pauta demandas urgentes para assegurar a vida e os direitos das mulheres. Hoje, nós enfrentamos um avanço conservador, tanto no Congresso Nacional, que difunde uma cultura machista, racista e homofóbica, quanto na mídia, que reforça uma cultura de estupro e violência”.


As mulheres querem chamar atenção da sociedade ao modelo destrutivo do agronegócio no meio ambiente e estão se desafiando a construir formas de viver e produzir, que possam contribuir e fortalecer a soberania alimentar do país e a preservação da biodiversidade. 

Compreendendo a importância da Jornada de Lutas e construindo linhas de atuação, Elizabeth Rocha da direção nacional do MST afirma que “o ato no dia 09, pretende chamar atenção da sociedade para a pauta das mulheres do campo e da cidade. A ideia é convocar todas para o protagonismo no processo de construção e organização das lutas contra este modelo social”.