Coletivo de Comunicação do MST na Bahia
Muitos gritos de ordem, mística e música estão orientando os estudos e debates do 27º Encontro Estadual do MST na Bahia que teve inicio nesta quinta-feira (15) reunindo mais de 800 delegados e delegadas de nove regiões do estado na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).
Plenária do 27º Encontro Estadual |
Além disso, alguns desafios estão sendo apontados e coletivamente estratégias vão se consolidando tendo como base o debate da Reforma Agrária popular.
De acordo com a direção estadual do MST, “estamos num período difícil para a luta da Reforma Agrária, porém acreditamos na unidade que construímos todos os dias com os trabalhadores e trabalhadoras assentados e acampados em todo o estado. Acreditamos que com a luta direta contra o agronegócio através de nossas ocupações de terra conseguiremos mudanças significativas em nossa sociedade”.
As questões que fomentam a estrutura orgânica do MST são discutidas cotidianamente por toda sua militância. Pensando nisto, o Encontro Estadual está sendo mais um espaço de culminância da luta, organização coletiva, reflexão política e resgate cultural.
Mística de Abertura
Rememorando estes valores e comemorando os 30 anos de luta do MST a mística de abertura foi mais uma ferramenta de incentivo, coragem e injeção de ânimo em toda militância.
Para isso, a questão da produção de alimentos, a participação indígena na luta pela terra, a agricultura camponesa e o modelo de produção do agronegócio, ditado pela frase “ordem e o progresso” foram apontadas como temas de partida para uma reflexão.
As músicas que simbolizam a realidade do campo e luta dos trabalhadores embalaram e repudiaram o modelo de produção capitalista.
“Nós temos muitos desafios pela frente, a nossa mística representa este trabalhador e trabalhadora que precisam se alimentar da mística para permanecer em marcha. Ela não é apenas mais um momento, nossa mística é aonde reafirmamos o compromisso de continuar em luta em defesa de uma sociedade realmente justa”, afirma Aldeane Lebrão da direção estadual.
Estudo
Neste primeiro dia de atividade, além das reflexões propostas pela mística, os trabalhadores estudaram o processo político agrário, apontando desde então, algumas perspectivas de luta para o Movimento.
Compreendendo este contexto João afirma que o “nosso movimento se constitui como classe trabalhadora e nossos assentamentos precisam dialogar com a sociedade denunciando a representação do agronegócio com o capital e a sua forma desigual de fazer política”.
Por fim ele apontou como principais desafios a organização da militância tendo em vista a organização de massas, reivindicação do plano camponês e assumir a batalha contra os agrotóxicos, enchendo os mercados com os produtos da Reforma Agrária.
O Encontro acontecerá até o domingo (18) fechando um balanço do ano de 2014 e definindo as ações para o ano que se segue.
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