Em defesa da Reforma Agrária, o mês de abril na Bahia está sendo marcado pela luta de trabalhadores e trabalhadoras rurais contra o latifúndio.
Como parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, o MST no estado já realizou 22 ocupações de terra desde a ultima sexta-feira (17/04), mobilizando cerca de 3500 pessoas.
O resultado destas ações permitiu mais uma vez, trazer a tona o debate da Reforma Agrária, denunciar as contradições do agronegócio na sociedade e defender a democratização da terra.
Para os integrantes do MST, o mês de abril representa historicamente um momento de lutas pela terra, denunciando a violência e impunidade dos crimes ocorridos no campo. Dentre eles, o assassinato de 21 companheiros assassinados no dia 17 de abril em 1996, em Eldorado dos Carajás, no Pará.
Na Bahia, os trabalhadores denunciam também o assassinato do trabalhador Fabio Santos, executado diante da família no município de Iguaí, na Bahia. Apesar das diversas evidências, até o momento não foram presos os mandantes e assassinos.
De acordo com os dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), no ano de 2014, houve um aumento significativo da violência no campo, transformando trabalhadores e trabalhadoras como alvo principal.
Diante deste cenário, a Jornada de Luta Nacional pela Reforma Agrária é construída parceria com outras organizações do campo e da cidade, a fim de fortalecer os enfrentamentos contra as ações do capital.
Exemplo disso foi à mobilização das mulheres que aconteceu nos dias 09 e 10 de março contra o eucalipto transgênico, e a marcha do MST na Bahia que mobilizou mais de seis mil Sem Terra, e percorreu durante nove dias 116 km, de Feira de Santana a Salvador.
Evanildo Costa da direção estadual do MST afirma que “essas ações permitem a classe trabalhadora acumular forças, para não deixar ocorrer um retrocesso e consequentemente um golpe de estado, e garantem o fortalecimento da luta pela reforma do sistema político e dos meios de comunicação, permitindo assim, a construção da Reforma Agrária Popular”.
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